Estes últimos tempos têm-se revelado um desafio para quem procura comprar ou alugar casa nas grandes cidades. O Porto, galardoado com o prémio de melhor destino europeu em 2017, não é excepção. O número de turistas na cidade aumentou drasticamente e, com isso, a especulação imobiliária disparou.
Quais as freguesias que registaram um maior aumento?
No primeiro trimestre de 2018, os preços para a compra de casa na invicta subiram 22,7% face ao período homólogo, com o m² a custar em média 1 379 euros. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), as freguesias que registaram maiores aumentos nos preços por m² são: União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória. Aqui, os preços ascendem os 1 636 euros por m² (mais 45,2% que em igual período de 2017) e Paranhos, com preços a rondar os 1 270 euros por m² (aumento de 24,3%).
Quais as freguesias mais caras?
Apesar desta escalada de preços, as freguesias mais caras para comprar casa continuam a ser aUnião das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde (2 142 euros por m², o que significa um aumento homólogo de perto de 23%) e União de Freguesias de Lordelos do Ouro e Massarelos ( 1 601 euros por m², embora tenha registado apenas um aumento de 8,5% face a igual período de 2017).
Quais são as áreas mais baratas?
No entanto, e apesar do aumento dos preços, o Doutor Finanças pesquisou as áreas no grande Porto com preços mais competitivos. Aqui, pode encontrar uma lista dos melhores locais para arrendar e comprar casa e algumas dicas que poderão ajudá-lo.
Campanhã
A freguesia da Campanhã, mesmo neste momento de grande inflação, continua a ser o local onde o preço por m² é mais barato (801 euros), tendo registado uma subida de 0,8% face a igual período do ano passado. Nesta zona consegue encontrar um T3 com preços desde os 98 mil euros até aos 170 mil. Muitas destas casas têm ótimas áreas (entre os 120 e os 160 m²), algumas delas também com áreas exteriores.
Estes são preços competitivos, numa zona que fica a dez minutos de carro do centro da cidade (baixa), que é servida com vários transportes públicos, para além de estar junto aos principais acessos à cidade. Hoje, Campanhã, desempenha um papel cada vez mais ativo na cidade, com uma dinâmica cultural emergente, uma imagem que se prevê sair fortalecida com a recuperação do Matadouro de Campanhã, cujas obras estão previstas arrancar ainda este ano, depois da aprovação por tarde do Tribunal de Contas.
Se compararmos Campanhã com outras zonas na cidade, por exemplo a dita baixa (que corresponde à União de freguesias União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória), comprar um T3 dentro das dimensões referidas em cima, pode custar 247 mil euros (105 m²) e ascender facilmente aos 318 mil euros (115 m²) na zona da Boavista. As diferenças no aluguer são igualmente significativas, no centro da cidade um T3 para alugar começa entre os 1 100 e 1 200 euros por mês.
Gondomar
Dependendo de caso para caso, sair da cidade pode também ser uma opção. Nesta equação é importante que tenha em conta os gastos com deslocações e o tempo perdido na estrada ou em transportes. Ainda assim, é possível encontrar boas soluções em zonas como Gondomar, com apartamentos T3 ( a partir dos 100 m²) com preços a começar nos 80 mil euros. Se optar por arrendar em Gondomar consegue encontrar T3 a partir dos 680 euros mensais.
Maia
Esta também pode ser uma boa opção para quem procura o sossego dos arredores do Porto. Na Maia pode encontrar apartamentos de 144 m² por 128 mil euros ou apartamentos de 180 m² a 59 mil euros.
Portanto se está nos seus planos mudar de casa, não se deixe desanimar pelos preços praticados atualmente no mercado.
Se optar por comprar um imóvel informe-se bem das condições que os diferentes bancos oferecem e aconselhe-se com os melhores. O Doutor Finanças têm à sua disposição uma equipa de profissionais especializados para lhe dar os melhores conselhos (serviço completamente gratuito).
Por outro lado, se pretender arrendar um imóvel, informe-se sobre os apoios disponíveis, como a porta 65.
FONTE: Doutor Finanças