No primeiro semestre de 2017, foram criadas 21749 empresas e desapareceram 6620. Agricultura e imobiliário são os sectores mais pujantes.
A agricultura e o imobiliário são os sectores que lideram a renovação do tecido empresarial português. No primeiro semestre, foram criadas 21749 empresas, um aumento de 5,8% face a 2016.
O encerramento e falência permanecem em queda. O acumulado de extinções (6620) traduz uma redução de 3,2% e nas novas insolvências (1406) a queda é mais acentuada (-25%). A soma (8026) vale 36% do número de novas empresas criadas. A idade média das empresas que fecharam no primeiro semestre é de 12,1 anos.
NO IMOBILIÁRIO, HÁ CINCO NOVAS POR CADA FALÊNCIA
Segundo o Barómetro da Informa D&B, que analisa a dinâmica empresarial a partir de dados do Ministério da Justiça, os sectores da Agricultura e Pesca e o imobiliário são aqueles que registam o rácio mais alto entre nascimentos e encerramentos, avaliando os últimos 12 meses.
No imobiliário, surgiram cinco novas empresas por cada uma que fechou. No caso da agricultura, caça e pesca, o rácio é de 4,3.
Mas, foi neste sector, com 1104 novas sociedades, que se regista a maior taxa de crescimento (24%) face ao primeiro semestre de 2016. Numa década, a agricultura duplicou o número de empresas.
No imobiliário, a pujança traduz-se num crescimento de 22%, com 1796 novas empresas. A construção, uma fileira que em 2016 regredira, dá agora sinais de recuperação. A indústria da construção conta agora com mais 1895, superando em 239 (+14%9 o desempenho do primeiro semestre de 2016.
SERVIÇOS E RESTAURAÇÃO EM ALTA
Em termos absolutos, os sectores de Serviços e Restauração foram aqueles que geraram mais nascimentos. A fileira do alojamento e restauração regista um novo protagonismo, com 2681 sociedades, um resultado próximo do Retalho (2782). O Retalho é dos raros sectores em regressão. O campeão permanece o sector dos serviços (+8,6%), com 7040 sociedades.
A indústria transformadora, o setor que mais contribui para o produto interno e exportações do país, escapa à vaga empreendedora. Mantém a tendência de queda, com uma redução de 7,8% face a 2016.
UM TERÇO DAS NOVAS EMPRESAS ESTÁ EM LISBOA
É a ofensiva no imobiliário e serviços na capital que tornam o distrito de Lisboa no campeão das novas empresas: 7113 no total. É uma subida de 12,6% face a 2016 e representa um terço do movimento em todo o país.
Entre as novas empresas do semestre, o controlo estrangeiro verifica-se em 282 casos, entre os quais se contam 91 sucursais.
Segundo o barómetro da I&D, as empresas portuguesas pagam com um atraso médio de 27 dias face aos prazos acordados.
FONTE: expresso.sapo.pt