Segundo um estudo da consultora imobiliária JLL, intitulado “European Student Housing 2017”, o número de estudantes estrangeiros em Portugal tem crescido muito desde 2011, atingindo os 37.990 alunos no ano letivo 2015/2016, o equivalente a 11% da população estudantil em Portugal. “42% dos estudantes estrangeiros estão em Lisboa e 17% no Porto. Os estudantes de países lusófonos dominam entre os estrangeiros (50%), mas há tendência para uma maior diversificação de nacionalidades”, referiu em comunicado a JLL.
O relatório conclui que o stock de residências modernas é ainda residual, já que a maioria da oferta existente são apartamentos privados. “A oferta qualificada de residências universitárias em Lisboa e no Porto aposta em quartos com casa de banho privativa, mobiliário moderno e alguns com kitchenette, com valências como salas de jogos e convívio, lavandaria, ginásio e bastantes espaços exteriores”, lê-se no documento.
Quanto a preços, variam entre os 350 e os 600 euros mensais por quarto, havendo muita procura e taxas de ocupação elevadas nas unidades existentes nas duas principais cidades nacionais. “Em Lisboa, a capacidade é superior a 300 estudantes distribuídos por seis residências, estando já identificados no pipeline dois novos equipamentos e esperando-se o surgimento de vários projetos nos próximos dois anos. Os eixos do Saldanha, da Almirante Reis e o Bairro Alto são as zonas de maior procura. No Porto, o stock é de apenas uma residência com capacidade para 195 alunos e em pipeline estão duas novas residências. As zonas da Baixa e de Paranhos são as mais pretendidas para este tipo de alojamento”, concluiu o relatório.
Lisboa, Porto e Coimbra no radar
Para Maria Empis, diretora de Consultoria e Research da JLL, “há cada vez mais procura por este tipo de alojamento em Portugal, devido ao aumento do número de estudantes estrangeiros”. “O mercado ainda tem pouca escala, mas cresceu bastante no último ano e a oferta existente, que é predominantemente promovida por portugueses, reflete em muito o que de melhor se faz lá fora”, contou.
Segundo a responsável, os investidores estrangeiros e as grandes operadores neste mercado já estão a incluir o mercado português nas suas estratégias de expansão. “E além de Lisboa, que é o mercado mais desenvolvido por ter o maior número de estudantes, são cada vez mais os investidores interessados nos mercados de Coimbra e Porto”, revelou.
FONTE: Idealista