
Os preços das casas dispararam nos últimos tempos, o que não quer dizer que os imóveis estejam mais tempo no mercado à procura de comprador. Pelo contrário, desceram a pique nos últimos cinco anos (desde 2013), sobretudo em 2018.
No ano passado, vender casa nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto demorou em média 6 meses, menos que no período homólogo (7 e 8 meses, respetivamente) e que em 2013 (9 e 11 meses, respetivamente). No Algarve, a queda anual é ainda maior, já que o tempo médio de venda encurtou três meses no ano passado, tendo passado de 12 para 9 meses.
Segundo o Diário de Notícias, que se apoia em dados da Confidencial Imobiliário (Ci), trata-se de uma realidade que se alastrou a todo o país e que permite concluir que os consumidores têm agora maior poder de compra.
“Nos tempos de maior crise, o tempo de absorção de um imóvel aumentou. Esta variável nunca tem variações muito drásticas, mas reflete a falta ou o aumento de liquidez da economia”, disse Ricardo Guimarães, diretor da Ci, citado pela publicação.
Já Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), referiu que “há menos casas para transacionar”. “E as que vão estar disponíveis vão ser o refugo que ninguém quer”, alertou, avisado que “ao contrário do que acontecia há dois anos, até mesmo no ano passado, em que os compradores aceitavam imediatamente o valor proposto, voltou a haver negociação, está-se a voltar à normalidade”. “E à medida que o tempo vai passar, haverá maior negociação”, concluiu.
FONTE: Idealista